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Como a área de Compliance ajuda a empresa a ser mais lucrativa

A função do Compliance nas grandes empresas é recente, não tem mais de 20 anos. Surgiu de acordo com a necessidade de as instituições ampliarem suas regras de segurança e protegerem sua reputação. A preocupação já existia desde a criação do Comitê da Basiléia para Supervisão Bancária, nos anos 70. Mas, foi a partir dos ataques terroristas nos Estados Unidos em 2001 e do escândalo financeiro em Wall Street em 2002, que se despertou a necessidade de uma regulamentação efetiva e de sua rápida aplicação em todos os países.

Como é uma área nova e pouco difundida, o Compliance desperta dúvidas entre muitos gestores. Qual é a real necessidade de investir nesta área? Este custo é mesmo necessário? Quais são os benefícios diretos para a minha empresa e para os meus funcionários? As perguntas são infindáveis e muitos acham sua promessa de valor um pouco subjetiva. Muitos executivos ainda acreditam que a área representa apenas custo para a empresa. Quem trabalha na área conhece o seu valor. A boa notícia é que é possível mudar esta percepção, mostrando que a área é rentável sim.

Primeiro é necessário “quantificar” o valor da área de Compliance. O setor é muito amplo e envolve inúmeros departamentos, pessoas e processos. Fizemos abaixo uma lista de itens que podem ajudar sua equipe a identificar como e onde a área está contribuindo para a empresa. Com a justifica pronta e o valor calculado, é possível demonstrar para todo o grupo o valor da área e do trabalho realizado.

Conheça como a área de Compliace ajuda a empresa a ser mais lucrativa:

Evita prejuízo financeiro

A maioria dos programas de Compliance são criados inicialmente com este objetivo: o de prevenir riscos para a empresa. As violações podem causar prejuízos financeiros às atividades da empresa e até mesmo para as pessoas físicas. Além disso, qualquer problema causado pela suspeita ou comprovação de fraude ou irregularidade vai gerar um processo e a empresa precisará fazer a sua defesa. Terá todos os gastos com processo e advogados durante todo o período, além do valor de multas e indenizações.

Ajuda na identificação antecipada de problemas

O conhecimento promovido pelas atividades de controle favorece a conscientização sobre o que são problemas e riscos. E, como consequência, permite a identificação mais rápida das violações à lei, além de uma resposta mais rápida da empresa. É neste quesito que se enquadram os acordos de leniência que, se firmados rapidamente, podem representar redução de pena.

Contribui para reduzir a refação de trabalho

A equipe bem preparada pode executar rapidamente as suas atividades e, principalmente, com risco minimizado de refação de trabalho. O processo fica mais claro e as regras estão definidas e prontas para serem seguidas. É mais fácil resolver dúvidas pontuais e tratar as exceções, que no final acabam complementando o processo, tornando-o mais completo.

Minimiza perdas

A falta de controle interno dificulta a gestão e o acompanhamento dos gastos de uma empresa. Associado a isso está o fato de que, caso autuada, a empresa corre o risco de pagar uma multa que varia de 1% a 20% do faturamento anual bruto. Um programa de Compliance bem estruturado é estratégico tanto do ponto de vista do acompanhamento, quanto na prevenção de gastos.

Melhora os controles internos

Os programas de Compliance podem abranger diversas áreas na empresa, afetando atividades como prevenção à corrupção, governança, fiscal, ambiental e concorrência. Ter um programa estruturado também significa organizar estas áreas sob diversos aspectos. É possível, por exemplo, ter regras mais claras para o sistema de pagamento, evitando pagamentos indevidos. Pode-se ter um melhor controle de fornecedores e parceiros, otimizando recursos e evitando gastos duplicados. Há, também um maior controle sobre questões que geram conflito de interesse.

Reconhece a ilicitude de outras empresas

Empresas se relacionam diariamente com diversas outras empresas. Elas podem ser concorrentes, fornecedores, distribuidores e até mesmo clientes. Manter um relacionamento com terceiros que violam a legislação pode ser prejudicial para a empresa. Empresas inidôneas, por exemplo, pode ser proibidas de fechar contratos públicos ou participar de licitações.

Gera benefício reputacional

Ações que demonstram a conformidade da empresa com leis e regulamentações são essenciais para mostrar o seu compromisso com a ética nos negócios. Esta postura faz diferença tanto no relacionamento com os clientes, quanto na atração de parceiros ou investidores. Do lado dos funcionários, ajuda a manter a satisfação do grupo e também auxilia no recrutamento de novos profissionais.

Aumenta a confiança dos investidores

O comprometimento e a observância das leis inspiram a confiança de investidores e parceiros comerciais, que valorizam empresas que operam de forma ética e responsável. As empresas com áreas de Compliance organizadas são ainda mais atraentes como parceiras comerciais.

Melhora desempenho nos negócios

O medo de violar as leis – ainda mais quando envolve risco penal – pode intimidar os funcionários e, eventualmente, desestimular a concorrência mais acirrada e legítima. Os programas de compliance bem elaborados permitem aos funcionários tomar decisões com mais confiança. Auxiliam, por exemplo, na padronização de participação em concorrências.